“Dança é meu respirar para o mundo.”


Israel Alves Rodrigues, natural de Barbacena município do estado de Minais Gerais, no Brasil, tem 27 anos. É artista independente, professor, coreógrafo e bailarino.

 

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Como e quando a dança entrou na sua vida?

I: A minha primeira referência no mundo da dança foi a minha mãe. Me lembro de vê-la dançando no quarto e já me mexia junto. Sempre gostei de atividades culturais na escola, imitava coreografias. A dança esteve presente em quase todos os momentos marcantes da minha vida.

 

Qual é o seu percurso no mundo da dança?

I: Danço danças urbanas desde 2005 e em 2008 que foi quando conheci o estilo Dancehall. Foi nesta altura que fiz a minha primeira viagem relacionada com a dança, apesar de eu priorizar o estudo, fazer workshops, palestras e afins. Entendo que a dança vai além do movimento e gosto de aproveitar tudo o que está relacionado com esta arte.

 

Que impacto é que a dança tem em si e na sua vida?

I: Eu acredito que a dança é um agente transformador e me sinto privilegiado por ela estar na minha vida, vim de uma cidade do interior de Minas Gerais morador do subúrbio, contrariando estatísticas me considero um vencedor e devo isso sim a dança, que além do campo profissional me fez um ser humano melhor e mais consciente.

 

A Dança mudou a sua vida em algum aspeto?

I: Na verdade a dança mudou a minha vida em todos os aspetos, tanto pessoal, como profissional, emocional e também espiritual. E muda todos os dias, em cada contato, em cada movimento, viagem e treino. Dança é meu respirar para o mundo.

 

 

Qual foi a sua experiência enquanto bailarino e como é agora ser professor?

I: Acho que a minha construção como bailarino me ajudou muito a ser o professor que eu sou hoje. Acredito que para ser um bom professor, você tem que ser um bom aluno, ser professor é aprender a cada dia, com cada situação é sobre reciprocidade e empatia.

 

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Qual a diferença entre dançar num palco e ensinar outras pessoas a dançarem?

I: Dançar no palco é comunicar com o público, é dizer sem precisar falar. Ensinar é trocar, é facilitar encontros. Ambos são poéticos.

 

Qual é a sensação de poder partilhar com os seus alunos todo o seu conhecimento nessa área?

I: É divino me sinto honrado por dividir experiências de vida através da dança. É como ensina los a voar e isso deixa-me preenchido a todos os níveis.

 

Têm algo que seja marcante e que aconteceu na tua vida? Quer seja relacionado com a dança ou não?

I: Sim, pessoal foi ver minha irmã dançando pela primeira vez (me arrepio só de lembrar), tenho uma irmã pequena e recentemente recebi um vídeo dela dançando e dizendo que se inspirava em mim. Não tem dinheiro no mundo que pague o que senti.

Profissionalmente uma das minhas conquistas mais marcante e maior foi conquistar o Just Debout na categoria Dancehall em 2017 em Paris, sendo o primeiro e até então o único brasileiro a conquistar esse título.

 

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O que faz para adquirir novos conhecimentos sobre o seu estilo?

I: Aulas, muitas aulas, viagens pelo mundo inteiro e diálogos com bailarinos.

 

Quais são os seus sonhos em relação a dança?

I: Poder salvar vidas, assim como fui salvo!

E a cada dia mais viver da minha dança.

 

Que objetivos tem para o futuro? A dança faz parte dos mesmos?

I: Poder levar a minha dança para além de todas as fronteiras.



Por: Marta Oliveira

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