Humildade e Profissionalismo são a chave para o sucesso de Cláudia
Cláudia Oliveira, tem 26 anos e é natural de Lisboa. Atualmente é bailarina e professora de Dancehall. Afirma que a dança esteve sempre presente na sua vida desde muito cedo. Profissionalmente o seu percurso neste mundo começou no ano de 2006, quando começou a ter aulas.
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A sua história começou de uma forma caricata, ou seja, tudo surgiu por causa de uma amiga a ter convidado para fazer uma aula na Amadora, no dia 4 de janeiro de 2006. A sua presença nas aulas começou a ser de uma forma bastante assídua e afirma que foi a partir dessa altura que ganhou a paixão pelas mesmas. Foi depois desta fase que percebeu que a dança era mesmo importante na sua vida e que a mudou de certa forma. Define que a dança é essencial para se tornar boa profissional em qualquer área devido ao trabalho em equipa, nas organizações, no respeito, no cumprimento de horários.
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Um dos momentos mais marcantes no seu percurso e na sua vida foi quando se iniciou a dar aulas. Sempre teve uma paixão por ensinar e foi algo que sempre quis. Esta oportunidade surgiu no ano de 2010, quando frequentava o ensino secundário, e foi convidada para lecionar as aulas do desporto escolar com o estilo de danças urbanas, visto que as danças populares portuguesas não captavam muito os alunos. Depois de ter aceite o convite, começou a ensinar todos os estilos dentro das danças urbanas, como por exemplo Hip Hop, Dancehall, Locking entre outros.
No entanto, no ano de 2011 fez o curso de de Ragga Dem e Dancehall com a bailarina Laure Courtellemont que sempre foi a sua maior inspiração e foi apartir desta formação que decidiu apostar só no Dancehall uma vez que esta cultura não estava muito desenvolvida em Portugal. No final desse ano letivo, decidiu fazer um espetáculo de final de ano com as suas alunas no teatro, mas os ensaios eram no metro devido á impossibilidade de se realizarem na escola por motivos de realização de exames. Apesar de todos os incidentes elas não desistiram e o espetáculo foi um sucesso.
A partir desta altura o seu trabalho começou a ser mais divulgado e foi chamada para dar aulas em mais locais. Estes convites levaram Cláudia a apostar ainda mais na sua formação, em especial no Dancehall. A bailarina fazia workshops tanto em Portugal como em França, e uns anos mais tarde para obter mais conhecimento sobre a cultura deste estilo decidiu ir à Jamaica para perceber como tudo nasceu e as bases.
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Enquanto bailarina teve várias experiências tais como competir, dançar para celebridades, já participou em videoclips, em publicidades. Enquanto coreografa descreve tudo como sendo uma responsabilidade e uma experiência diferente.“Eu sinto que enquanto estamos a coreografar para alguém, ou seja, transmitir o que nós sentimos não tem nada haver com aprender uma coreografia, ou simplesmente dançar uma coreografia de outro bailarino. Tudo isto, apesar da sua dificuldade é o que me deixa mais realizada, considero que seja uma das minhas maiores missões.”
Refere que enquanto professora a sensação de poder partilhar com os mais novos, o conhecimento nessa área têm um peso enorme, apesar de ela adorar o que faz.
“Como bailarina sei que isto acontece no geral, tentamos sempre fazer o nosso melhor, e ser muito perfecionistas, mas mesmo assim achamos que nunca está perfeito. Esta forma de pensamento é o que nos motiva a fazer mais e procurar fazer mais formação. Porque ser professora de dança não é só ensinar a dançar, também têm muito haver com pedagogia e formar a nova geração. Em relação aos alunos tento sempre que eles se abstraiam do que os rodeia e naquele momento sintam o que estão a fazer, e que seja algo que eles gostem mesmo.”
Para estar sempre atualizada em relação ao Dancehall aposta na realização de workshops tanto em Portugal como fora, no visionamento no documentários e em fazer aulas de bailarinos estrageiros que venham ao pais partilhar uma parte do que sabem sobre a área.
Em relação ao futuro refere que a dança vai continuar presente na sua vida, quer como bailarina, quer como coreografa, porque para além de ser o seu trabalho é também a sua grande paixão e não se imagina sem a dança. Têm como principais objetivos fazer com que o grupo “Swagga Dem” evolua. Refere que a nível pessoal ainda têm muito por fazer, mas com o tempo está confiante que tudo se irá realizar.
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Como forma de incentivo para quem gosta de dançar, Cláudia deixa uma mensagem de força:“ Apostar em formações é realmente o ponto mais importante para evoluirmos como bailarinos, mas para além de apostar na formação, um dos pontos principais é trocar essa informação que obtivemos com outros bailarinos, bem como transmitir os nossos pontos de vista, porque o facto de haver esta partilha é sinal de crescimento e evolução como profissionais na área, mas também como pessoas.”
Por: Marta Oliveira



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