Uma arte paralisada pela Covid-19
Texto Pivô: Não é apenas o aumento do preço do ouro que tem prejudicado a arte da ourivesaria. Também a Covid-19 tem impedido a produção e a exportação.
Voz off 1: Esta é a cor final. A cor final da obra.
Voz off 2: Gondomar é a capital do ouro. A tradição por de trás da arte da ourivesaria, já não é a mesma coisa. Atualmente, há cada vez menos procura, devido ao aumento do preço do ouro.
Entrevistado: A partir da década de 80, que já foi quando eu e o meu irmão entramos para esta oficina, e metemos mais dois ou três empregados começou a desenvolver mais, também os mercados eram outros e fizemos novos clientes.
Vivo jornalista: Apesar da grande tradição, a produção e venda da ourivesaria tem vindo a diminuir, nos últimos anos.
Devido à Covid-19, este negócio tem vindo a piorar.
Entrevistado: A Covid-19 estragou-nos mesmo muito o nosso artigo. Porque o nosso artigo 90% é vendido para turismo, e com a Covid o turismo neste momento não está a entrar e não estou a ver quando isto começa a rolar.
Voz off 3: A empresa António Martins de Castro & Filhos, aberta desde 1965, para pela primeira vez a produção de peças. Estão todos em Lay-off e sem qualquer tipo de encomenda.
O ano 2020 não está a correr como planeado.
Entrevistado: Finais do ano de 2019, início do ano 20 nós até estávamos a trabalhar muito bem em prata, estávamos até a fazer alfinetes de folha e margarida. E eu até comentei com o meu irmão: “Oxalá isto continue…" e em março aparece isto da pandemia.
Voz off 4: A dependerem do turismo e da exportação, acredita que o setor da ourivesaria será dos últimos a recuperar a normalidade. Ao mesmo tempo, o preço do ouro continuará a ser um dos maiores desafios para o negócio.
Reportagem de: Marta Oliveira, Gisela Silva e Marta Oliveira
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